Seleção Brasileira mostra futebol leve e ofensivo contra o Paraguai – Com formação diferenciada da habitual, equipe mostrou boa movimentação e intensidade durante toda a partida

Seleção Brasileira mostra futebol leve e ofensivo contra o Paraguai – Com formação diferenciada da habitual, equipe mostrou boa movimentação e intensidade durante toda a partida

A partida da Seleção Brasileira contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa 2022 – América do Sul, foi importante, não só pelo placar de 4 a 0, mas principalmente, porque mostrou alto nível de produtividade durante todo o jogo. A formação que Tite levou a campo foi extremamente ofensiva, não esmorecendo nem com vantagem segura no placar. Não devemos desconsiderar o fato de que a Seleção do Paraguai estava praticamente eliminada e não ofereceu resistência ao domínio brasileiro. O fato é que a equipe canarinho se manteve leve, organizada e coesa. O comportamento proativo foi constante e a construção do placar foi apenas uma consequência da atuação taticamente equilibrada.

Os principais diferenciais táticos foram maior criatividade, alto índice de posse de bola com efetividade, rapidez para adentrar na defesa adversária e utilização de marcação alta. Desta forma, a equipe brasileira conseguiu confundir o setor defensivo paraguaio e dominar o jogo como um todo. Em termos individuais essa formação contou com Raphinha e Vini Jr. jogando nas extremidades. Lucas Paquetá atuando como segundo volante mas, com liberdade para auxiliar na criação de jogadas. Philippe Coutinho como armador, flutuando pelos diversos setores do campo. E, Daniel Alves funcionando como meio-campista e com liberdade pela lateral direita, quando o time tinha a posse de bola.

Dessa forma, a Seleção se tornou ofensiva em tempo integral. Sabemos que Tite é conservador demais para utilizar essa formação contra equipes que irão exigir preocupações mais defensivas. Mas, foi muito bom ver que a Seleção consegue jogar de maneiras diferenciadas. Com sua qualidade de efetuar passes precisos, o arqueiro Ederson, do Manchester City, não teve destaque como goleiro propriamente dito. Mas, participou ativamente da criação de jogadas e contribuiu para que a partida fluísse de maneira harmônica. Utilizou sua boa leitura de jogo para fazer reposições de qualidade e serviu como opção de passes quando ocorreram pressões sobre os zagueiros.

A ausência de Neymar proporcionou a chance para que o time ficasse mais leve e produtivo. Com Neymar de volta, provavelmente Coutinho ou Vinicius Junior sairão do time. E, como Neymar é mais individualista e centralizador, dificilmente a Seleção conseguirá ter uma atuação coletiva igual a essa. O único senão dessa atuação, foi Daniel Alves sendo muito ofensivo. Se o adversário fosse tecnicamente mais qualificado, poderia ter aproveitado os espaços cedidos e ter surpreendido a Seleção Brasileira com lançamentos longos em contra-ataques perigosos. A cobertura da zaga funcionou bem contra o Paraguai, porém adversários mais entrosados poderão exigir maior refinamento com relação à movimentação dos zagueiros, cobrindo a subida dos laterais.

Se analisarmos friamente a postura tática da Seleção Canarinho contra o Paraguai, podemos concluir que a formação só tinha um volante de contenção – Fabinho. O restante dos jogadores do setor de meio-campo e de ataque foram orientados a terem funções puramente ofensivas. Acredito que o técnico Adenor Bachi tenha escalado essa formação, baseando-se na qualidade do adversário, portanto, dificilmente terá a chance de repeti-la, pois os classificados para a Copa do Mundo tendem a ter maior qualidade técnica. Mas, mesmo com essas ressalvas, o que ficou evidenciado é a vontade de jogar e a capacidade de organização que podem ser repetidas, contra qualquer adversário, independente da qualidade que possuam. Esse jogo mostrou que há alternativas interessantes que fogem da dependência deste ou daquele jogador e que a Seleção Brasileira, se bem formatada, possui poderio tático capaz de se impor frente a qualquer estilo de jogo.

Acredito que Tite esteja no caminho certo, porque é necessário ter sistema de jogo harmônico que funcione bem, independente das peças que estejam em campo. Quando atingir esse nível de maturidade tática, a Seleção estará pronta para enfrentar qualquer desafio.

Rodrigo Rocha

Rodrigo Rocha da Silva Carvalho, casado nascido em 14/05/1996, no Município de Sucupira do Riachão; Curso Básico de Teologia Sistemática e Oratória; Atualmente Assessor de Comunicação da Prefeitura Municipal e Câmara Municipal de Sucupira do Riachão

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